quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Semana 5


De tanto escrever para ti,
Um dia menos bom, chateado comigo mesmo,
Sentei-me e resolvi as coisas com a caneta.

_____________


A tarde macia devora-me os sentidos,
Num expoente máximo e revigorante
De uma existência de ausência.

Tudo o que é prende-me
E eu nada sou.

Caio frágil como aquela folha
E corro lado a lado com o vento
Que a comanda.

Voo com aquele pássaro,
Enquanto me amarra o canto daquele ali.

Esta árvore parece-me um espelho.
E aquelas nuvens ali um reflexo.

A lua olha-me de esguelha.
O sol foge.
E eu que parado não sou nada…

Sem comentários:

Enviar um comentário